sábado, 31 de outubro de 2009

Uma vida, duas vidas, um sorriso

Retirei esse trecho ,onde com certeza foi um dos momentos mais significativos na vida de Antoine Saint Exupery

"Foi durante a guerra civil na Espanha. Antoine de Saint Exupery, o autor do Pequeno Príncipe, foi lutar ao lado dos espanhóis que preservavam a democracia.

Certa feita, caiu nas mãos dos adversários. Foi preso e condenado à morte.

Na noite que precedia a sua execução, conta ele que foi despido de todos os seus haveres e jogado em uma cela miserável.

O guarda era muito jovem. Mas era um jovem que, por certo, já assassinara a muitos. Parecia não ter sentimentos. O semblante era frio.

Vigilante, ali estava e tinha ordens para atirar para matar, em caso de fuga.

Exupery tentou uma conversa com o guarda, altas horas da madrugada. Afinal, eram suas últimas horas na face da terra. De início, foi inútil. Contudo, quando o guarda se voltou para ele, ele sorriu.

Era um sorriso que misturava pavor e ansiedade. Mas um sorriso. Sorriu e perguntou de forma tímida:

- Você é pai?

A resposta foi dada com um movimento de cabeça, afirmativo.

Eu também, falou o prisioneiro. Só que há uma enorme diferença entre nós dois. Amanhã, a esta hora eu terei sido assassinado. Você voltará para casa e vai abraçar seus filhos.

Meus filhos não têm culpa da minha imprevidência. E, no entanto, não mais os abraçarei no corpo físico. Quando o dia amanhecer, eu morrerei.

Na hora em que você for abraçar o seu filho, fale-lhe de amor. Diga a ele: "amo você. Você é a razão da minha vida." Você é guarda. Você está ganhando dinheiro para manter a sua família, não é?

O guarda continuava parado, imóvel. Parecia um cadáver que respirava.

O prisioneiro concluiu: então, leve a mensagem que eu não poderei dar ao meu filho.

As lágrimas jorraram dos olhos. Ele notou que o guarda também chorava. Parecia ter despertado do seu torpor. Não disse uma única palavra.

Tomou da chave mestra e abriu o cadeado externo. Com uma outra chave abriu a lingüeta. Fez correr o metal enferrujado, abriu a porta da cela, deu-lhe um sinal.

O condenado à morte saiu apressado, depois correu, saindo da fortaleza.

O jovem soldado lhe apontou a direção das montanhas para que ele fugisse, deu-lhe as costas e voltou para dentro.

O carcereiro deu-lhe a vida e com certeza foi condenado por ter permitido que um prisioneiro fugisse.

Antoine de Saint Exupery retornou à França e escreveu uma página inesquecível: Uma vida, duas vidas, um sorriso.
Tantas vezes podemos sorrir e apresentamos a face fechada, indiferente".

Entretanto, as vozes da imortalidade cantam. Deus canta em todo o universo a glória do amor.

Sejamos nós aqueles que cantemos a doce melodia do amor, em todo lugar, nos corações.

Hoje mais do que ontem, agora mais do que na véspera quebremos todos os impedimentos para amar.

8 comentários:

  1. A história não é muito boa, alguém ficou sem pai do mesmo jeito...

    Mas é verdade que subestimamos a força de um sorriso. Nós temos esse poder e o usamos pouco. Além de nos beneficiar cria uma atmosfera facilitadora para todos! Bem que poderíamos treinar mais isso, hein?

    Bjão!

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  2. É Verdade Nanda as pessoas não sabem a força de um sorriso,quando algum desconhecido sorrir para mim ,eu costumo devolver!

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  3. oi querida, fiquei c lagrimas nos olhos, que lindo !!!! beijos beijos

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  4. Oi Rô querida amiga,
    Sorrisos, só riso... foi o que vivi em BH em 45 dias repletos de alegria e felicidade.
    A Gaivota Hod voltou a Voar e cá estou e já encotnro esse momento único de Antoine Saint Exupery, que admiro muito.

    Estou participando da Blog Coletiva da Rebeca e Jota Cê!!

    Beijos, e Alôha com muitas bençãos nessa semana que se inicia.

    Hod.

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  5. "Uma vida, duas vidas, um sorriso.
    Tantas vezes podemos sorrir e apresentamos a face fechada, indiferente".

    Lindo isso. Demais.
    Sei que pode parecer um tanto quanto surreal para uma pessoa que faz Letras, mas eu nunca li "O pequeno príncipe".

    Sou com certeza uma pessoa frustrada com isso.

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Olá, Dani

    Então o que está esperando para ler o livro ?vale a pena.Nao pôde é ficar frustrada.Ok!

    beijos

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