domingo, 14 de junho de 2009

Faz de conta


Recentemente uma professora, que veio da Polônia para o Brasil ainda muito jovem, proferia uma palestra e, com muita lucidez trazia pontos importantes para reflexão dos ouvintes.

Já vivi o bastante para presenciar três períodos distintos no comportamento das pessoas, dizia ela.

O primeiro momento eu vivi na infância, quando aprendi de meus pais que era preciso ser. Ser honesta, ser educada, ser digna, ser respeitosa, ser amiga, ser leal.

Algumas décadas mais tarde, fui testemunha da fase do ter. Era preciso ter. Ter boa aparência, ter dinheiro, ter status, ter coisas, ter e ter...

Na atualidade, estou presenciando a fase do faz de conta.

Analisando sob esse ponto de vista, chegaremos à conclusão que a professora tem razão.

Hoje, as pessoas fazem de conta e está tudo bem.

Pais fazem de conta que educam, professores fazem de conta que ensinam, alunos fazem de conta que aprendem.

Profissionais fazem de conta que são competentes, governantes fazem de conta que se preocupam com o povo e o povo faz de conta que acredita.

Pessoas fazem de conta que são honestas, líderes religiosos se passam por representantes de Deus, e fiéis fazem de conta que têm fé.

Doentes fazem de conta que têm saúde, criminosos fazem de conta que são dignos e a justiça faz de conta que é imparcial.

Traficantes se passam por cidadãos de bem e consumidores de drogas fazem de conta que não contribuem com esse mercado do crime.

Pais fazem de conta que não sabem que seus filhos usam drogas, que se prostituem, que estão se matando aos poucos, e os filhos fazem de conta que não sabem que os pais sabem.

Corruptos se fazem passar por idealistas e terroristas fazem de conta que são justiceiros...

E a maioria da população faz de conta que está tudo bem...

Mas uma coisa é certa: não podemos fazer de conta quando nos olhamos no espelho da própria consciência.

Podemos até arranjar desculpas para explicar nosso faz de conta, mas não justificamos.

Importante salientar, todavia, que essa representação no dia-a-dia, esse faz de conta, causa prejuízos para aqueles que lançam mão desse tipo de comportamento.

A pessoa que age assim termina confundindo a si mesma e caindo num vazio, pois nem ela mesma sabe quem é, de fato, e acaba se traindo em algum momento.

E isso é extremamente cansativo e desgastante.

Raras pessoas são realmente autênticas.

Por isso elas se destacam nos ambientes em que se movimentam.

São aquelas que não representam, apenas são o que são, sem fazer de conta.

São profissionais éticos e competentes, amigos leais, pais zelosos na educação dos filhos, políticos honestos, religiosos fiéis aos ensinos que ministram.

São, enfim, pessoas especiais, descomplicadas, de atitudes simples, mas coerentes e, acima de tudo, fiéis consigo mesmas.

quinta-feira, 4 de junho de 2009


Oiiiii!!!! Por incrível que pareça fui indicada pela fofissíma Natália, do blog" É difícil aprisionar os que tem asas"a receber um selo e como, sou praticamente,uma Samurai isto é, dou valor a honra ,a tradição e sigo as regras rs.rs.rs.

e lá vamos nós( parafraseando a bruxinha do pica-pau) rs. rs. rs..Então agradeço a Natália por essa gentileza ! afinal sou uma blogueira iniciante e realmente fui pega de surpresa! bjs nati


Agorá minhas principais características:
1- Ranzinza ( infelizmente é duro reconhecer,mas desde os 07 anos de idade)
2-Sensível ao extremo( não sei sei se é virtude ou defeito ), qualquer coisa deixa-me chateada.por ex.: Certas atitudes,não levantar para idosos em coletivo,ou simplesmente passam a ignorar-me como invisível o fosse.
3-uma certa agressividade ,pois sou ariana rs rs rs
4-generosa
5-honesta até meus últimos fios de cabelos brancos( embora use henna) rs rsAgorá ,para arrematar,os indicados são: que rufem os tambores..
1 -Cintia pelo blog " Nas asas da borboleta no mistério do sem fim equilibra-se um planeta
"2-Acid " Saindo da Matrix"
3-Religare
4-Flávia garcia reis pelo blog "Roupadodia"
5-"Experimentando versos"
Agorá vou citar as regrinhas para postar o selo:
1º Colocar no ínicio do seu post o nome do blog que te indicou
2ºEscrever uma mensagem de agradecimento ao blogueiro
3ºpostar o selo,
4º abaixo do selo descrever 5 caracteristícas sua,
5º Indicar ao prêmio 5 ou mais blogs para receber o Prêmio ( não vale citar blog que já foi indicado)Ufa fui!!! bjs!!

terça-feira, 2 de junho de 2009

O lado bom


Conta o diretor de uma agência funerária que em sua profissão tinha visto enterros de todos os tipos, mas nenhum o havia comovido tanto quanto o do velho Hank, o homem mais desprezado da sua região.

Um dia o prefeito comunicou-lhe que o velho Hank morrera, e pediu-lhe para que se encarregasse dos funerais. O enterro não seria muito concorrido, pois havia muita gente que teria satisfação em ver aquele velho sob sete palmos de terra.

Hank vivera, durante muitos anos, numa cabana solitária, tendo por únicos companheiros cinco ou seis cães vadios. Cercara bem o seu terreno e não permitia a entrada de ninguém. Uma vez por semana, vinha à cidade comprar alimentos e embebedar-se, e além de tudo era brigão.

Um por um, os habitantes foram se voltando contra o infeliz, que ficou conhecido como o homem que todos odiavam.

O velho Hank não era religioso, mas de acordo com os costumes, o agente funerário pediu a um pastor que fizesse a cerimônia. "Não vai ser fácil para o senhor", disse-lhe. "não há muito que dizer de bom sobre o velho Hank. Bastará que leia uma página das escrituras e nós o enterramos logo."

O sacerdote, alma generosa, respondeu-lhe dizendo nunca ter conhecido alguém que não tivesse um lado bom.

No dia seguinte, o pastor e o diretor almoçaram juntos no restaurante local. Falaram com a proprietária sobre o velho.

A senhora sabe de alguma coisa boa, a respeito dele? Perguntou o ministro. A mulher, embora surpreendida pela pergunta, respondeu logo com suavidade: "Agora já posso contar o segredo do velho Hank."

E, tirando uma caixa escondida sob o balcão, continuou: "Durante muito anos, o velho comeu aqui, quando fazia a sua visita semanal à cidade. Todas as vezes, deixava comigo algum dinheiro para que eu guardasse a fim de comprar presentes, no Natal, para as crianças pobres."

"Vejam, há quase 40 dólares. Ele sempre completava cinqüenta, no natal."

Naquela tarde o edifício da prefeitura estava cheio de curiosos. O sacerdote pediu para que os alunos da escola em frente fossem dispensados para assistir ao funeral.

Quando as crianças chegaram, o pastor encaminhou-se para o caixão e iniciou o serviço fúnebre. Disse mais ou menos o seguinte: "Hank, aqui viemos para enterrar-te. Há muita gente, mas são bem poucos os que lamentam a tua morte. O caixão está nú, pois ninguém teve o gesto de colher nem mesmo algumas flores silvestres para enfeitá-lo".

"Mas, meu caro Hank, eu jamais enterrei alguém sem uma homenagem de flores e tu não serás o primeiro. Tu tens, afinal de contas, alguns amigos aqui presentes, embora eles nunca te tivessem conhecido".

Voltou-se para as crianças e perguntou quais as que haviam recebido, no Natal, presentes enviados por "um amigo desconhecido". Um murmúrio de surpresa percorreu o auditório quando 21 crianças subiram para perto do caixão.

Disse-lhes, então, o sacerdote, que o velho Hank era o "amigo desconhecido".

Pediu-lhes que se dessem as mãos e fizessem uma roda em volta do caixão.

"Hank, prosseguiu ele, comovido, tu tens de fato alguns amigos aqui, mas eles não conheceram você a tempo de trazer-te flores."

"Em todo caso, formaram aqui uma grinalda das mais belas flores que crescem no jardim de Deus: as crianças, às quais tu proporcionaste momentos de felicidade."


Ninguém é essencialmente mau. Todos os filhos de Deus trazem em sua intimidade a centelha do Amor Divino e a farão brilhar um dia.

(História da Revista Seleções do Rider’s Digest, dez/1948.)

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Acões crueis


Ações cruéis


Em se observando a enorme diversidade dos animais, descobre-se como o Pai Criador foi pródigo em tudo providenciar ao homem.
Os animais o vestem com suas peles, o alimentam com seus ovos, seu leite, sua carne. Aquecem-no com suas penas e lã.
Com alegria, lhe deliciam os ouvidos tecendo sinfonias nos ramos das árvores ou aprisionados em gaiolas douradas.
Retribuem as carícias com fidelidade extremada, até o sacrifício da própria vida.
Em uma palavra, servem a Humanidade. E o que tem feito o homem pelos animais?
Basta se viaje e nas rodovias se encontram à venda várias aves, especialmente periquitos e papagaios, recém retirados do seu habitat.
Repousam ali, sobre varas improvisadas, de asas cortadas para não alçarem vôo.
Se a necessidade ou a ignorância de quem as retira da mata pode ser entendida, como se desculpar o homem que passa no seu carro, a negócios ou a passeio, que pára e adquire o espécime?
Para quê? Para servir de brinquedo ao filho? Por quanto tempo? Para servir de adorno?
Logo, o bichinho está relegado a um canto, triste. Morre cedo, na maioria das vezes, porque longe da liberdade da sua mata, quando não por doenças que contrai pela alimentação inadequada que recebe.
De outras vezes, descobre-se nos centros urbanos, junto a piscinas improvisadas ou nos jardins, tartarugas e cágados.
Também retirados pequenos do seu local de origem, fazem a alegria da criançada... Por algum tempo.
Até crescerem tanto que deixam de ser engraçadinhos. Alimentados de forma incorreta, têm os seus cascos amolecidos e acabam sendo entregues, quando o são, a zoológicos da cidade.
Para que tirá-los da condição de liberdade?
Tudo isso demonstra a crueldade do ser humano. Crueldade que é fruto do seu egoísmo e do pouco valor que dá à vida.
Já se viu, muitas vezes, burros e mulas com os ossos à mostra, carregando fardos pesadíssimos. E ainda recebendo chicotadas. Fome, trabalho excessivo, maus tratos.
Patos e suínos confinados em espaços mínimos, em especial regime de engorda. Prisioneiros, para acelerar a hora de serem levados ao mercado consumidor ou produzirem a melhor iguaria para sofisticados pratos.
Onde o respeito à vida, à natureza, ao ser inferior?
Conscientizemo-nos de que somente alcançaremos a felicidade, quando não venhamos a distribuir o mal, seja para a Terra que nos agasalha, seja para os seres que a habitam.
Porque em síntese, toda agressão à natureza redunda em prejuízo para quem a pratica
Carl Sagan, astrônomo americano, disse que se fôssemos visitados por um viajante espacial que examinasse nosso planeta, ele possivelmente concluiria que não há vida inteligente na Terra.
É que o hipotético viajante iria logo descobrir que os organismos dominantes da Terra estão destruindo suas fontes de vida.
A camada de ozônio, as florestas tropicais, o solo fértil, tudo sofrendo constantes ataques.


Redação do momento espírita

domingo, 31 de maio de 2009

Gripe suína (Vingança)


Recebi por e-mail de uma amiga
Achei lúdica e engraçada.Os três porquinhos botando o lobo para correr rs rs rs.
Em homenagem a minha filha e a todos,que
jamais deixou morrer a criança que existe em cada
um.Toda criança representa; a pureza, espontaneidade, simplicidade. Nunca deveríamos perder essas qualidades já dizia; o grande Gonzaguinha " eu fico com a pureza da resposta das crianças" ...

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Tratar como irmão



"Ela sempre estacionava o carro na mesma vaga.O guardador, sorridente, educado, sempre a cumprimentava.Por vezes falavam rapidamente, ela perguntava como estava a família, ele respondia. Contava um ou outro problema de saúde que enfrentava.Por outras vezes comentavam sobre algumas amenidades, sobre o frio, o calor, sobre o perigo da cidade grande, etc.Ele morava num bairro distante da região metropolitana. Certamente numa casa muito simples – quase uma favela.Naquele dia ela estava preocupada com ele. Estava muito frio.Ela lembrou que a vida dela não era fácil, que vinha de muitas dificuldades recentes, mas pensou na vida dele, e que ela deveria ser bem mais complicada.Nem sempre podia lhe dar algum dinheiro. Dos 5 dias da semana, em média, uma ou duas vezes ela conseguia lhe dar algumas moedas - pensou.Sabia que ele precisava. Que aquele era seu trabalho digno. Que dali vinha o alimento de seus filhos.Ela queria poder dar mais. E ele merecia, pois sempre guardava uma vaga especial para ela, sem ela pedir, sem ela merecer – pensava.Com o coração um pouco apertado, então, resolveu dizer naquele dia:Olha... Sei que nem sempre lhe dou alguma coisa. Queria poder dar mais, dar sempre, mas, sabe... Não consigo mesmo.Sei que você é um trabalhador, uma pessoa gentil e educada, e que mesmo eu dando tão pouco, sempre guarda a vaga para mim.Já vi que existem pessoas que estacionam sempre aqui, que lhe dão sempre um ou até dois reais por vez, mas, eu realmente não consigo – disse ela um tanto embaraçada.Ele então respondeu, com franqueza e simplicidade:Dona, olha, eu não guardo sua vaga porque a senhora me dá algum dinheiro, não. Eu preciso de dinheiro, sim, mas não é por isso.É que a senhora é a única pessoa que fala comigo, que me dá atenção, que me trata como irmão.Ela calou ao ouvir estas palavras. Sorriu para ele, timidamente, e disse, se despedindo: Então, tá bom.Foi para o trabalho pensando no que ouvira. Ela nunca havia pensado nisso.Mas será que ninguém mais fala com ele? Falo tão rapidamente, sobre coisas corriqueiras, nada de mais importante...Nossa... Será que as pessoas o ignoram? Mesmo o encontrando todos os dias como eu?Aqueles pensamentos ficaram em sua mente, flutuando o dia todo.Percebeu que Caridade não significa apenas doação material.Em verdade, a filantropia é apenas uma pequena porção do mundo da caridade verdadeira.Vivemos num Mundo, num país, onde ainda há necessidade da ajuda material urgente, sim, mas precisamos entender que não é apenas isso.As pessoas precisam de auxílio em outras áreas. As pessoas precisam de atenção, de amizade, de alguém que lhes dê carinho.O alimento da alma fortalece o ser, e assim ele se torna mais apto e preparado para buscar a subsistência material.."


Devemos tratar a todos com gentileza ,independente da condição social, olhe ao seu redor,observe, há sempre alguém a espera de gestos de consideração e respeito.Um simples sorriso pôde significar muito... Então beijos p/ todos..
Rosana

sexta-feira, 22 de maio de 2009

O pequeno príncipe(cap.XII )



O planeta seguinte era habitado por um bêbado. Esta visita foi muito curta,mas mergulhou o principezinho numa profunda melancolia.- Que fazes aí? perguntou ao bêbado,silenciosamente instalado diante de uma coleção de garrafas cheias._Eu bebo,respondeu o bêbado,com ar lúgubre._ por que é que bebes? perguntou-lhe o principezinho_Para esquecer,respondeu o beberrão._Esquecer o quê? indagou o principezinho,que já começava a sentir pena_ Esquecer que eu tenho vergonha,confessou o bêbado,baixando a cabeça._Vergonha de quê?investigou o principezinho,que desejava socorrê-lo._ Vergonha de beber! conclui o beberrão,encerrando -se definitivamente no seu silêncio.E o principezinho foi-se embora,perplexo.As pessoas grandes são decididamente muito bizarras,dizia de si para si,durante a viagem.
Esse livro ,creio que ,não requer apresentações,trata-se ,de O pequeno príncipe,de Antoine de Saint-Exupéry.Um livro poético,simbólico ,filosófico. Onde a figura carismática e cativante do pequeno príncipe, página à página nós emociona,
com seus personagens inesquecíveis: A rosa orgulhosa,o baóba, a raposa,a cobra as entrevistas dos personagens cujos planetas ele visitou,o vaidoso,o homem de negócios,o geógrafo,o acendedor de lampiões, o bêbado que tenta escapar da realidade,atravez do álcool,mas não, consegue ,esquecer quem ele ,é,(aqui reproduzido).
É um livro para adultos,e o quanto equivocamos em fazer avaliação de coisas e pessoas e que ainda é tempo de mudarmos antes que a solidão ,afaste-nós de quem amamos....
mas,principalmente, para nunca, esquecemos a criança um dia fomos. vale a pena ler!!